E aí, tudo certo? Deixa eu te fazer uma pergunta direta, na lata: seu celular ainda cabe confortavelmente no bolso da sua calça? Ou você já se rendeu e precisa de uma mochila só para ele? 🤔
Posso lhes confessar uma coisa? Hoje eu quero abrir meu coração (e o zíper do meu bolso) para falar de um assunto que tem me tirado o sono. Sou um defensor, talvez um dos últimos moicanos, dos celulares pequenos. E eu sei, eu sei… isso virou coisa de nicho. Mas por quê?
Eu sou de uma tribo em extinção. Sou do time que acredita que um celular deve caber confortavelmente na mão e no bolso. Como um bom “X-Man” (aquela galera que nasceu ali entre os anos 70 e 80), cresci com a ideia de que tecnologia deveria ser prática. Lembro da revolução que foi ter um aparelho que colocava o mundo na nossa mão. Uma mão. Singular. Hoje, parece que precisamos de um manual de contorcionismo e mãos de jogador de basquete para mandar um simples “zap”.
Lembra quando existia a palavra “Phablet”? Era usada para descrever aqueles aparelhos esquisitões, um meio-termo entre smartphone e tablet. Pois é, o termo morreu. E morreu pela pior razão possível: não porque eles sumiram, mas porque todos os celulares viraram phablets. A indústria simplesmente decidiu que todos nós queríamos carregar uma pequena TV no bolso, e a distinção perdeu o sentido.
É por isso que eu me agarro ao meu Zenfone 9 como se não houvesse amanhã. Ele é meu ponto de resistência. Compacto, poderoso, com uma tela incrível e uma bateria parruda que aguenta o rojão do dia a dia. Ele é a prova de que, sim, é possível ter o melhor dos dois mundos. Ele é um aparelho que me permite ser ágil: trocar mensagens em trânsito, fazer pagamentos, chamar um Uber ou me guiar pelo mapa sem precisar fazer contorcionismo com os dedos.
Essa é a minha filosofia: a ferramenta certa para a tarefa certa. Meu celular é para mobilidade. Quando preciso de uma tela maior, mas ainda com portabilidade, meu Samsung Galaxy Tab S7 FE entra em ação. Para ler um texto mais longo ou responder e-mails com calma, nada supera o conforto do meu notebook. E filmes? Ah, meus amigos… filmes são um evento para ser apreciado numa TV grande, com home-theater e uma poltrona confortável. Me sinto quase ofendido com a ideia de assistir a uma obra-prima do cinema na tela de um celular.
O problema é olhar para frente. Aquele receio que bate quando penso na inevitável troca de aparelho, algo que costumo fazer a cada 3 anos, quando o bichinho já está caindo aos pedaços e os apps param de funcionar. A Asus, minha atual salvadora, parece ter se rendido com os novos Zenfones gigantes. Sinto um arrepio só de pensar nas 6,78 polegadas do Zenfone 12. A Samsung continua a tratar seu modelo “pequeno” da linha S como o patinho feio, com menos recursos. E a Apple parece não ter mais interesse nos seus modelos “Mini” ou “SE” mais potentes.
No fim, a pergunta que não quer calar, e que eu tiro diretamente do fundo do meu coração de usuário frustrado:
é pedir demais não querer carregar um minitablet no bolso?
Será que nós, a resistência dos compactos, estamos fadados a desaparecer? Será que nós somos apenas dinossauros esperando o meteoro da próxima geração de lançamentos? Me conte nos comentários se você compartilha dessa angústia. Quero saber que não estou sozinho nessa luta.
Referências:
- The Verge – The tragedy of the small phone
- Android Police – Why I’m finally giving up on small phones
- TudoCelular – Celulares compactos: Por que os “pequenos notáveis” estão cada vez mais raros?
- Reddit – r/smallphones Community
- Canaltech – Por que celulares pequenos e potentes sumiram do mercado?
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