Como saber a qual geração você pertence: um guia atualizado

Um novo estudo propõe uma nova forma de classificar as gerações de pessoas, levando em conta as mudanças sociais e tecnológicas que influenciam o comportamento e os valores de cada grupo.

Várias gerações de uma mesma família juntas para uma foto.

As gerações de pessoas são formas de agrupar os indivíduos que nasceram em um mesmo período, e que compartilham traços culturais, comportamentais e de valores. Essa classificação é útil para entender como as mudanças sociais e tecnológicas afetam o modo de pensar e agir das pessoas, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional.

No entanto, não há um consenso sobre os limites cronológicos de cada geração, e muitas vezes os critérios usados para definir os grupos são arbitrários ou baseados em estereótipos. Por isso, um novo estudo publicado na revista PLOS ONE em 2021 propõe uma nova forma de classificar as gerações, usando uma metodologia mais rigorosa e atualizada.

O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, analisou dados de mais de 1 milhão de pessoas que responderam a questionários online sobre suas personalidades, atitudes e comportamentos entre 1970 e 2019. Os pesquisadores usaram técnicas estatísticas para identificar padrões e tendências nos dados, e assim definir os limites e as características de cada geração.

Segundo o estudo, as gerações podem ser divididas da seguinte forma:

Baby Boomers

Nascidos entre 1946 e 1964. São chamados assim porque são fruto de uma explosão populacional ocorrida logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. São considerados otimistas, idealistas e ambiciosos. Cresceram em um período de prosperidade econômica e avanços sociais, mas também enfrentaram crises como a Guerra Fria e o Vietnã. Valorizam a estabilidade, a lealdade e o trabalho duro.

Geração X

Nascidos entre 1965 e 1980. São chamados assim porque representam uma transição entre os Baby Boomers e as gerações mais jovens. São considerados pragmáticos, independentes e adaptáveis. Cresceram em um período de instabilidade política e econômica, marcado pelo fim da Guerra Fria, pela crise do petróleo e pelo surgimento da AIDS. Foram a primeira geração a ter contato com a televisão, os videogames e os computadores pessoais.

Geração Y

Nascidos entre 1981 e 1996. Também chamados de Millennials (por nascerem próximo à mudança do milênio), são considerados confiantes, criativos e colaborativos. Cresceram em um período de globalização, diversidade e transformação digital. Foram a primeira geração a ter acesso à internet desde a infância ou adolescência. Valorizam a autonomia, a flexibilidade e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Geração Z

Nascidos entre 1997 e 2012. Também chamados de Centennials (por nascerem no século XXI), são considerados conscientes, engajados e inovadores. Cresceram em um período de crise econômica, terrorismo, mudanças climáticas e pandemia. São nativos digitais, que nunca conheceram o mundo sem internet ou redes sociais. Valorizam a diversidade, a sustentabilidade e o propósito.

Geração Alfa

Nascidos a partir de 2013. Ainda não há muitos dados sobre essa geração, mas eles devem ser ainda mais conectados, informados e exigentes do que as anteriores. São filhos da Geração Y ou Z, que usam a tecnologia para educá-los e entretê-los desde cedo. Devem enfrentar novos desafios e oportunidades em um mundo cada vez mais complexo e incerto.

É importante ressaltar que essas classificações não são rígidas ou definitivas, e que podem variar de acordo com o contexto cultural, social e histórico de cada país ou região. Além disso, as gerações não são homogêneas, e há muitas diferenças individuais dentro de cada grupo. Portanto, é preciso ter cuidado para não generalizar ou rotular as pessoas com base em sua data de nascimento.

O que importa é reconhecer que as gerações têm muito a aprender e a contribuir umas com as outras, e que a diversidade é uma fonte de riqueza e inovação para a sociedade.

Referências:

Imagem:

Sair da versão mobile