Voltando em “Notas de Um Velho Safado” de Charles Bukowski”

O livro é um apanhado de histórias que o autor publicou no fim da década de 70

Charles Bukowski

Revisitando um dos melhores livros de meu autor predileto. É Deus no céu e Anne Rice/Charles Bukowski na terra. Foi um dos primeiros livros que eu li dele, infelizmente não tenho mais a edição que comprei no século passado, mas a maravilha da tecnologia me deu a oportunidade de comprá-lo novamente para ler em meu kindle.

O livro é um apanhado de histórias que o autor publicou no fim da década de 70 em uma coluna semanal no jornal alternativo OPEN CITY. O jornal pertencia ao seu amigo John Bryan, que o criou após ser mandado embora do seu antigo emprego.

Leitura imperdível, que deve ser consumida devagar, a noite, tomando um bom Whisky 12 abis (ou um vinho “da casa”) e fumando um bom charuto.

Texto da contracapa:

“Em Notas de um velho safado a América tem uma cara de 50 anos, corpo de 18 e desfila de calcinha rosa claro e salto alto na madrugada corrosiva de Los Angeles. A América é um sapatão furioso com uma garra metálica no lugar da mão esquerda e não quer saber de transar com o Velho Safado.

A América é uma deusa milionária com a qual ele se casa e da qual amargamente se separa.

A América é uma prostituta, 150 quilos, um metro e meio de altura, que peida, uiva e destroça a cama quando goza.

A América é também estudantes e revolucionários proferindo discursos inflamados em parques ensolarados de São Francisco no final da década de 60.

A América é Neal Cassady dirigindo alucinadamente pelas ruas de Los Angeles, pouco tempo antes de morrer de overdose sobre os trilhos de uma ferrovia mexicana.

A América é Jack Kerouac e Bukowski poetando na Veneza californiana.

Notas de um velho safado forma um conjunto de histórias excepcionais saídas de uma vida violenta e depravada, horrível e santa.

Não podemos lê-lo e seguir sendo os mesmos.”

Depois disso, realmente não há nada mais a dizer sobre este livro. É uma obra que convida à reflexão, escrita pelo e sobre o autor, quase uma biografia maldita. CB…

Recomendo somente ler e viajar na deliciosa leitura, afinal, é o bom e velho Bukowsky, sendo e falando como ele mesmo, mas levantando questões e divagando sobre assuntos complexos e profundos da sociedade e das relações humanas. Excelente leitura! Com certeza darei exemplares de presente para amigos.

Após isso, se gostar, leiam as próximas pérolas dele: “Misto Quente”, ” Factótum “, ” Cartas na Rua “, ” Mulheres ” (esse é fantástico), ” Hollywood ” e “O capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio” (esta ordem, porque é a história de sua vida contada da infância à velhice).

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