Pizza de 6 queijos

Uma péssima escolha pode trazer graves consequências...

Pizza Quatro Queijos

Só o complexo caos da mente do ser humano pode explicar comportamentos tão divergentes como os que de vez enquanto apresentamos.

Sou bem específico: gosto de pudim de leite como sobremesa, pimenta forte como tempero, smartphones Android da Asus, SmartWatch da Xiaomi, camisas de lã Merino, mochilas e bolsas de couro, mas tenho problemas em me definir no momento mais glorioso do fim de semana: a hora de pedir pizza, ou como eu costumo gritar em casa: Pizza Time!

Entenda, meu sabor predileto é o de queijo… Quanto mais melhor: 2 queijos, 3, 4, 5, 6… Quando estou sozinho de pijama na minha sala, largado no sofá vendo Netflix, coloco também “polenguinho” e cheddar para aumentar esse número mágico.

Tenho plena consciência que queijo em excesso é para poucas pessoas: quem tem intolerância à lactose, os veganos e pessoas que não gostam muito de laticínios não tem uma boa relação com esse produto em quantidades monstruosas, por isso eu adotei como minha “zero dois” a Calabresa.

O contraste da situação é porque quando vamos pedir pizza, eu sempre deixo as meninas escolherem o sabor. Algumas vezes, quando estou com muita vontade, me limito a pedir meio-a-meio em uma das pizzas, mas nunca peço o meu sabor favorito na totalidade.

Será que, por eu ter minhas decisões já todas tomadas na vida, meu subconsciente gera uma necessidade de indecisão diante das escolhas mundanas refletida no meu simples gesto de delegar a escolha da pizza para outra pessoa? Será que, por eu não ter um Tutor Legal que faça essa escolha por mim eu prefiro que as meninas arquem com esse fardo Hérculeo? Ou será que simplesmente faço isso para ficar com minha consciência limpa caso o pedido não venha com o sabor muito bom?

Diante de todos os conflitos da escolha, prefiro solicitar só metade de uma das pizzas (duas fatias) com o mesmo sabor que peço a mais de 4 décadas, para que o mundo continue a girar da mesma forma… Eu tenho plena consciência das consequências do Efeito Borboleta se eu alterar as rédeas do destino:

“Enquanto Gleydson pede uma pizza Marguerita com borda recheada de catupiry, um Tsunami destruirá uma ilha paradisíaca no Pacífico Sul.”

***

 Referências da cultura POP da postagem:


Pizza Time

Grito padrão das Tartarugas Ninja (Teenage Mutant Ninja Turtles) nos desenhos dos anos 80. Também foi usado nos diversos jogos da franquia.


Efeito Borboleta

O Efeito borboleta foi uma metáfora utilizada em 1969 pelo meteorologista Edward Lorenz, professor do Instituto de Tecnologia Meteorológica de Massachusetts, para explicar a impossibilidade de previsão de fenômenos atmosféricos por mais que alguns dias.  Lorenz referia-se à dependência sensível às condições iniciais dentro da teoria do caos.

O fenômeno da sensibilidade em relação a pequenas perturbações nas condições iniciais foi descrito através da alegoria, segundo a qual o bater de asas de uma borboleta no Brasil pode desencadear uma sequência de fenômenos meteorológicos que provocarão um tornado no Texas.

 

Sair da versão mobile