Perfeição: Minha Inimiga Íntima, Minha Amada Vilã

Uma jornada de amor e ódio para abraçar a beleza do imperfeito.

Mesa de um escritor com uma máquina de escrever Underwood 5 e coberta de papéis amassados, simbolizando a luta criativa e a pressão do perfeccionismo.

A busca pela perfeição: um campo de batalha criativo familiar para muitos de nós.

E aí, pessoal! Tudo certo por aí?

Hoje eu quero abrir uma porta aqui do meu “bunker” e trocar uma ideia reta sobre um assunto que, pra mim, é quase um personagem de quadrinhos: a Perfeição. Sabe aquele vilão carismático, que você admira pela inteligência, mas sabe que no fundo ele só te atrasa? Pois é, essa é a minha relação com ela. Uma daquelas relações de amor e ódio, ou como dizem lá fora, um “frenemy”.

A gente persegue essa tal de perfeição, a gente ama a ideia dela e, em vários momentos, a gente só quer mandar um “block” e nunca mais ver na frente. Eu já estive totalmente imerso nessa busca: pela landing page perfeita, pelo funil de vendas infalível, pelo texto impecável, pelo projeto sem nenhuma aresta. E, claro, pela vida ideal que a gente vê nos filmes.

É uma montanha-russa, e hoje eu decidi compartilhar os altos e baixos dessa viagem com vocês.

 

O Brilho do Ouro (Que Nem Sempre é Real)

 

Vamos combinar… o que é a perfeição? Pra mim, sempre foi um tipo de “padrão ouro” em tudo. Nos negócios, na arte e até na vida pessoal. Existe uma satisfação quase viciante em acertar as coisas em cheio. É como passar de fase num jogo difícil ou, pra usar uma referência mais da minha praia, é como o Tony Stark construindo a Mark I na caverna: uma prova de que você superou seus limites.

O problema é que, como em toda boa história, sempre tem um “plot twist”.

 

A Miragem no Deserto da Criação

 

Perseguir a perfeição é como correr atrás de uma miragem. De longe, parece a coisa mais incrível do mundo, a salvação. Mas, à medida que você se aproxima, percebe que ela se desfaz no ar.

Cansei de perder noites de sono remoendo um errinho bobo. Cansei de deixar de agir, de tirar um projeto do papel, porque o “perfeito” ainda não tinha chegado. A cabeça vira um caos, um bombardeio de autocrítica:

  • “Isso ainda não tá bom o suficiente.”
  • “Eu consigo fazer bem melhor que isso.”
  • “Preciso reescrever esse parágrafo pela décima vez.”
  • “Meu vídeo não vai ficar legal…” (confesso que essa ainda me assombra de vez em quando).

E por aí vai. Eu era meu carrasco mais cruel, e só agora, olhando pra trás, eu tenho clareza do tamanho do problema. O perfeccionismo, que parece uma qualidade, na verdade é um dos maiores sabotadores da produtividade. Ele te prende num ciclo infinito de insatisfação e ansiedade, minando sua saúde e sua coragem de experimentar.

 

A Sociedade do Filtro Perfeito

 

E não vamos ser ingênuos, essa pressão não vem só de dentro. Ela é um eco do que a gente vive em sociedade. Abra qualquer rede social e você será bombardeado por vidas “perfeitas”, negócios “perfeitos”, corpos “perfeitos”. É quase impossível não se comparar.

Mas a gente precisa. Não se compare. Vou repetir pra ficar claro: NÃO SE COMPARE.

A autenticidade parece ter se perdido em meio a tantos filtros e máscaras. Onde foi parar a beleza de ser quem a gente é de verdade?

 

Encontrando a Beleza na Falha: O Equilíbrio é o Poder

 

A virada de chave pra mim foi quando eu comecei, dia após dia, a abraçar minhas imperfeições. E quer saber? Hoje eu amo cada uma delas, porque são elas que me fazem único. Escrever isso, pra mim, já é uma vitória gigantesca. Uma vitória do amor próprio e da gentileza comigo mesmo.

Descobri um conceito japonês lindíssimo chamado “wabi-sabi”, que é, em essência, a arte de encontrar beleza na imperfeição, no incompleto. Foi libertador! Como se eu finalmente tivesse entendido que não preciso ser o Superman, sempre impecável e à prova de balas. Ser o Homem de Ferro, com suas falhas, sua humanidade e sua genialidade caótica, é muito mais interessante. 😉

Hoje, eu ainda busco fazer o meu melhor, mas aprendi a ser gentil na jornada. Aprendi que errar faz parte do processo de experimentar. A perfeição foi essa relação tóxica que, ironicamente, me ensinou mais sobre mim mesmo do que qualquer acerto. Encontrei o ponto ideal entre a busca pela excelência e a paz de ser quem eu sou.

E você? Qual a sua história com a perfeição? Adoraria saber como você lida com essa “vilã”. Deixe seu comentário aí, seu feedback é como uma melodia massa no meu dia!

Valeu por ler até aqui!

Referências:

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