Última atualização em 17 de fevereiro de 2025
Novo ano, nova maratona! Janeiro foi um mês intenso de filmes, com aquela mistura deliciosa de nostalgia, lançamentos e descobertas inesperadas. Entre produções que fizeram meu lado geek vibrar e algumas decepções inevitáveis, a tela esteve sempre acesa. E como de costume, nada melhor do que compartilhar essa jornada cinematográfica aqui no blog.
A lista é variada: tem blockbuster, cult, ficção científica, ação, animação e aquele clássico que a gente sempre revisita. Vou falar de cada um deles, destacando os pontos altos (e os baixos), curiosidades e se vale ou não a sua atenção. Então, ajeita a poltrona, prepara a pipoca e vem comigo nessa viagem pelo que rolou na minha telona em janeiro!
Como fiquei de férias por alguns dias, o consumo foi intenso então dividi a postagem em duas partes. Vamos para a PRIMEIRA:
21 Gramas (2003)
Sinopse:
Três pessoas, Paul (Sean Penn), Jack (Benicio Del Toro) e Cristina (Naomi Watts), têm seus destinos cruzados em função de um acidente. A partir dele serão testados os limites do amor e da vingança, assim como a promessa da redenção. Vinte e um gramas é o peso que uma pessoa perde no momento da morte. É o peso carregado pelos que sobrevivem.
Atores principais:
Sean Penn, Benicio Del Toro e Naomi Watts.
Minha opinião:
Nota 8 de 10
Comecei ano com um drama intenso e de grande peso emocional. Apesar da carga dramática pesada, 21 Gramas é uma produção que vale muito a pena assistir. As atuações são impressionantes, especialmente ao ver Sean Penn e Benicio Del Toro dividindo a tela, trazendo performances poderosas. O filme explora, de maneira impactante, como uma pessoa que recebe uma segunda chance pode desperdiçar essa oportunidade, ignorando o sacrifício de quem a perdeu. Uma história que nos faz refletir profundamente sobre culpa, redenção e as escolhas que moldam nossas vidas.
Traffic: Ninguém Sai limpo (2001)
Sinopse:
Em Traffic: Ninguém Sai Limpo, uma série de histórias interligadas dão um panorama sobre o alto escalão do tráfico de drogas, envolvendo um policial mexicano preso numa teia de corrupção, uma dupla de agentes do DEA (departamento antidrogas), infiltrada no perigoso mundo dos negociantes de San Diego, um barão da droga que após ser preso, explica como sua mulher tomou seu negócio ilegal e ainda um juiz da Suprema Corte de Justiça de Ohio, conhecido pela sua posição anti-drogas, que precisa lidar com sua filha viciada.
Atores principais:
Michael Douglas, Don Cheadle e Benicio Del Toro
Minha opinião:
Nota 8 de 10
Outro filme policial. Traffic: Ninguém Sai Limpo é mais um filme policial que nos leva a refletir sobre os efeitos devastadores das drogas, especialmente no seio familiar. A trama explora como a negligência em relação ao comportamento dos filhos pode gerar consequências trágicas e, ao mesmo tempo, nos mostra os diferentes lados da questão, desde as vítimas até aqueles que estão no comando do tráfico. A obra é eficaz ao mostrar a complexidade e o impacto das escolhas pessoais, não só nos envolvidos diretamente, mas em todos ao seu redor.
Super Mario Bros (2024)
Sinopse:
Mario é um filme baseado na série de video games, Super Mario Bros, da Nintendo. Em Super Mario Bros. – O Filme, Mario (Chris Pratt) é um encanador qualquer no bairro de Brooklyn junto com seu irmão Luigi (Charlie Day). Um dia, Mario e Luigi vão para no reino dos cogumelos, governado pela Princesa Peach (Anya Taylor-Joy), mas ameaçado pelo rei dos Koopas, Bowser (Jack Black), que vai fazer de tudo para conseguir reinar todos os lugares. É então quando Luigi é raptado por Bowser e o usa para procurar Mario, o único capaz de deter o Koopa e reestabelecer a paz. Mario terá que aprender como viver nesse novo reino perigoso, passando por vários biomas, aprender a dirigir carros, utilizar itens que o fazem soltar bolas de fogo das mãos, virar um animal e andar em plataformas nada confiáveis. Também estará acompanhados de amigos, como Toad (Keegan-Michael Key) e Donkey Kong (Seth Rogan).
Atores principais:
Raphael Rossatto, Chris Pratt, Marcio Dondi.
Minha opinião:
Nota 9 de 10
Super Mario Bros (2024) é, sem dúvida, uma das melhores adaptações de videogame para o cinema. Em suas duas horas de duração, o filme consegue apresentar e desenvolver os personagens de maneira excelente, permitindo até mesmo que quem nunca tenha ouvido falar de Mario compreenda e se envolva com a história — algo que falha em muitas outras adaptações. Com ótimas referências, cenas de ação empolgantes, um bom senso de humor e personagens cativantes, a produção acerta em cheio. É uma experiência que, sem dúvida, agradará especialmente a quem cresceu jogando Super Mario. Recomendo fortemente!
A Substância(The Substance)(2024)
Sinopse:
Elisabeth Sparkle é uma celebridade em declínio que enfrenta uma reviravolta inesperada ao ser demitida de seu programa fitness na televisão. Desesperada por um novo começo, ela decide experimentar uma droga do mercado clandestino que promete replicar suas células, criando temporariamente uma versão mais jovem e aprimorada de si mesma.
Atores principais:
Demi Moore, Margaret Qualley, Dennis Quaid
Minha opinião:
Nota 8 de 10
Um filme corajoso. Em uma Hollywood cada vez mais higiênica, sem nudez, sem grotesco e pautada por temas politicamente corretos e inclusivos, A Substância segue na contramão. A trama escancara, de forma crua e visceral, a obsessão pela autoimagem e a busca desenfreada por validação externa. E sim, todos os ângulos possíveis da bundinha da Margaret Qualley.
O problema é que o último ato perde o ritmo do início, descambando para uma mistura de Carrie – A Estranha com O Enigma de Outro Mundo, o que dilui um pouco o impacto da história. Ainda assim, um filme intrigante e visualmente marcante.
Factótum – Sem Destino (2005)
Sinopse:
Henry Chinaski (Matt Dillon) vive se empregando e sendo demitido de uma série de subempregos, que encontra para tentar bancar sua vida de bebedeiras, apostas em cavalos, mulheres e, principalmente, de escrever livros que nunca serão publicados.
Atores principais:
Matt Dillon, Lili Taylor, Marisa Tomei
Minha opinião:
Nota 7 de 10
Sou fã de carteirinha de Charles Bukowski, então resolvi assistir Factótum – Sem Destino, baseado no livro homônimo. O que me agradou foi a trilha sonora e a atuação de Matt Dillon como Henry Chinaski, mas as qualidades param por aí. O filme é lento, cansativo e, acima de tudo, limpo demais. Quem leu Bukowski sabe que sua escrita é suja, decadente, crua — e essa essência se perdeu na adaptação. Faltam palavrões, sexo, brigas, sangue e whisky barato. Além disso, a modernização da história comprometeu sua autenticidade. Ao não retratar a Los Angeles da Segunda Guerra Mundial, os dilemas do personagem perdem força e contexto, resultando em uma versão suavizada e descaracterizada da obra original.
Herege (Heretic) (2024)
Sinopse:
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a recepção amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores. Agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.
Atores principais:
Hugh Grant, Sophie Thatcher, Chloe East
Minha opinião:
Nota 7 de 10
Não curti. Hugh Grant está fantástico, mas o filme, que começa muito bem, acaba se perdendo na própria narrativa. Ele cai naquele clichê em que o vilão parece ter acesso ao roteiro ou contar com uma vidente para prever cada ação antes mesmo de acontecer. O plano é tão infalível e conveniente que fica difícil levar a trama a sério.
Nun in Rope Hell (1984)
Sinopse:
Maria (Miki Takakura) se junta a um convento depois que a esposa de seu amante os pega em flagrante. Ela logo descobre que as freiras e um escritor de sucesso (Hiroshi Unayama) conspiraram para envolvê-la em orgias S&M decadentes. Baseado no romance de Oniroku Dan.
Atores principais:
Miki Takakura, Asami Ogawa, Hiromi Yamaguchi
Minha opinião:
Nota 4 de 10
Fico me perguntando: o que me levou a assistir este filme??? Trata-se de uma verdadeira trasheira japonesa, no estilo dos animes eróticos mais extremos. Para quem aprecia esse tipo de perversão cinematográfica, pode até valer a curiosidade. Mas, se esse não é o seu caso, melhor passar longe. Além das cenas de sexo e escravidão – que são fieis aos animes pervertidos orientais, a trama é praticamente inexistente e o filme falha miseravelmente em entregar qualquer profundidade narrativa.
O Robo Selvagem (The Wild Robot) (2024)
Sinopse:
Uma nave naufraga numa terra desabitada e dá início à aventura épica do robô Roz, a última unidade das chamadas ROZZUM ainda funcional e inteligente. Preso nesta ilha aparentemente sozinho, Roz precisa sobreviver às intempéries da floresta. Sua única esperança é se adaptar ao ambiente hostil e avesso às suas programações. Para isso, Roz passa a conviver com os animais aprendendo sobre a vida na selva e os modos de sobrevivência na natureza. É durante essa exploração que Roz encontra um filhote de ganso e estabelece como missão cuidá-lo. Desse laço inesperado com o bicho abandonado, Roz se aproxima de uma realidade nova e instigante, construindo uma relação harmoniosa com os animais nativos. Do mesmo diretor de Lilo & Stitch e Como Treinar o Seu Dragão, Robô Selvagem é uma história comovente sobre a convivência entre tecnologia e natureza e o significado de estar vivo.
Atores principais:
Lupita Nyong’o, Pedro Pascal, Kit Connor
Minha opinião:
Nota 9 de 10
Poucos filmes atualmente falam sobre paternidade e maternidade de forma tradicional e humana. Este filme chega no âmago da questão Só não dei nota 10 por seguir uma fórmula previsível e se apoiar em clichês já vistos em outras animações do gênero. Ainda assim, é uma obra emocionante e bem executada, que vale a pena assistir. Recomendo!
Como Não Perder Essa Mulher (Don Jon) (2013)
Sinopse:
Jon é um cara sedutor que não se prende a ninguém. Seu corpo, casa, carro, família, amigos, mulheres e vídeos pornôs são as únicas coisas que lhe interessam. Mas, quando conhece Barbara, ele percebe que terá que mudar seus hábitos.
Atores principais:
Joseph Gordon-Levitt, Scarlett Johansson, Julianne Moore
Minha opinião:
Nota 8 de 10
Joseph Gordon-Levitt é um gênio: com dinheiro sobrando e tempo livre, decidiu escrever, dirigir e estrelar um filme só para ele. No processo, ainda aproveitou para dar “uns pegas” em um monte de mulheres lindas, encurralar Scarlett Johansson no seu auge e, de quebra, se divertir com Julianne Moore.
Apesar da premissa que parece pura autopromoção, Don Jon entrega uma mensagem surpreendentemente profunda. Levitt explora com inteligência a diferença entre pornografia e sexo real, critica costumes enraizados, religião e os relacionamentos abusivos que muitos aceitam apenas por convenção social. O resultado é um filme divertido, provocativo e inesperadamente reflexivo.
A Virgin Amoung The Living Dead (1973)
Sinopse:
Uma bela jovem chamada Christina chega à Europa para visitar seus parentes distantes em um pequeno castelo para a leitura do desejo de seu pai morto. Ela finalmente descobre que todos eles são mortos-vivos, e eles temem que quando ela herdar a mansão de seu pai, ela vai pedir a todos para sair. Mas Christina é solitária e diz a seu tio Howard que ela quer que todos permaneçam lá e vivam com ela. Ela descobre que um espírito chamado Rainha da Noite reivindicou a alma eterna de seu pai porque ele cometeu suicídio por enforcamento. Christina acaba se tornando um dos mortos-vivos, e no final do filme, ela e o resto da família marcham solenemente para um pântano nos terrenos da propriedade, acompanhados pela Rainha da Noite.
Atores principais:
Christina von Blanc, Carmen Yazalde, Anne Libert
Minha opinião:
Nota 2 de 10
Pior filme do mês. Não recomendo. A Virgem e os Mortos entrega o spoiler já no título e nada mais além disso. O filme tenta ser um terror “exploitation”, mas só o cartaz promocional desperta alguma curiosidade. A narrativa é arrastada, e a mistura confusa entre realidade e pesadelo torna tudo ainda mais entediante.
O único “mérito” da produção são as generosas cenas de nudez das atrizes – mas, convenhamos, para isso existem sites especializados bem mais eficientes, como o famoso xavier videos.
Conclusão
Janeiro foi um mês eclético e cheio de surpresas na minha maratona cinematográfica. Entre clássicos intensos, adaptações surpreendentes e algumas bombas inevitáveis, cada filme trouxe algo para refletir – seja sobre a arte, a sociedade ou simplesmente sobre como algumas produções conseguem ser tão ruins. Como todo bom cinéfilo, acertei em algumas escolhas e me arrependi de outras, mas faz parte do jogo.
E isso foi só a primeira parte! Ainda tem mais filmes para comentar na continuação deste especial. Então, se curtiu essa viagem pelo que assisti no mês, fica de olho que logo solto a Parte 2. Até lá, me conta: já viu algum desses filmes? Concorda ou discorda das minhas opiniões?
Obs: leia a segunda parte clicando aqui:
De Clássicos a Surpresas: Minha Maratona Cinematográfica de Janeiro (Parte 2)
Referências
-
The 50 Best Movies of 2023 – IndieWire
🔗 https://www.indiewire.com/features/general/best-movies-2023 -
The Best and Worst Movies of the Month – January 2024 – Collider
🔗 https://collider.com/best-worst-movies-january-2024 -
Hidden Gems: Must-Watch Underrated Movies – Screen Rant
🔗 https://screenrant.com/underrated-movies-hidden-gems