Muitas vezes as pessoas deixam de viver experiências que poderiam ser classificadas como as melhores de suas vidas, por conta de coisas ruins que viveram no passado. Seja uma prática esportiva, algum tipo de comida, uma viagem à um lugar, uma prática sexual, um hábito produtivo, etc.
Para explicar melhor essa afirmação, vou contar para vocês uma experiência aleatória minha. A primeira vez que comi morangos foi traumatizante.
Ainda lembro que na minha adolescência comprei uma caixinha de morangos para comer em casa, pois nessa época estava na moda o saudoso morango ao leite e eu queria experimentar a fruta “in natura”.
Foi horrível, o gosto não tinha nada a ver com os sucos que comprava no mercado ou o sabor das balas de pirulitos. Eu imaginei que tinha comprado morangos ruins na feira, e assim fui no mercado, depois nos hortifruti, sacolões e feiras móveis e nada… Era sempre aquela fruta azeda, amarga, sem gosto.
Isso mudou algumas décadas depois. Esse ano fiz uma viagem para a cidade de Domingos Martins, no Estado do Espírito Santo. Durante a viagem eu visitei uma fazenda produtora de morangos orgânicos que tem um sistema interessante: você paga a entrada e pode comer os morangos colhidos com as próprias mãos dentro das estufas.
Sim, foi uma experiência maravilhosa! O sabor dos morangos era o mesmo que sempre senti nos produtos industrializados, mas sentidos diretos na degustação da fruta.
Foi ai que vi que na verdade o problema não eram os morangos, era somente eu: a experiência ruim da adolescência mudou meu modo de agir e não me deixou me abrir para essa experiencia nova incrível.
O que vocês leitoras e leitores podem tirar com esse artigo? Nem sempre as coisas são ruins como parecem! Sempre que não gostar de alguma coisa, tente fazer uma regressão em sua mente e busque as experiências ruins que te levaram a ter este tipo de opinião e se for o caso, tente novamente, de uma forma nova. Vocês podem se surpreender!