Última atualização em 7 de dezembro de 2023
Tem algumas lembranças de infância que mesmo nos dias de hoje, onde literalmente falando estamos com todo o conhecimento do mundo em nossas mãos, são muito difíceis de resgatar, que chega ao ponto de imaginarmos que não passou de um sonho infantil difícil de esquecer.
Vou falar de uma específica… Meu pai todo fim de semana me acordava com música, oh cara para gostar de música! Uma das que ele mais ouvia era uma “disco” francesa cantada por uma mulher com a voz meio grave, que fazia parte de uma coletânea de músicas francesas da antiga gravadora K-Tel.
Da minha infância, todas as músicas que eu queria eu achei (inclusive uma balada romântica que meu vizinho era apaixonado e toda noite tocava chamada “Make No Mistake, He’s Mine” cantada pela Barbra Streisand em dueto com Kim Carnes) mas a francesa dançante eu nunca encontrei. No passado tentei no Orkut, Napster, My Space, eMule. Mais recentemente tentei sem sucesso no utorret, Facebook, Apple Músic, Spotify, etc.
O problema maior é que ela era cantada em francês. Eu até traduzo textos em francês, consigo ler coisas simples com o tempo verbal não muito elaborado, mas não entendo a língua o suficiente para cantar um trecho no aplicativo sound hound, já que essa ferramenta incrível reconhece até os sussurros como música, e retorna praticamente até a tipagem sanguínea do compositor.
Mas pasmem, a Netflix me salvou!!! (i love you Netflix)
Esses dias assisti a uma sugestão do catálogo que pintou na minha tela baseada nas minhas preferências, um filme espanhol de suspense original da Netflix chamado Remédio Amargo (El Praticante).
A sinopse do filme, retirada da Netflix é
Filme conta a história de Ángel (Mario Casas), um paramédico, que após um acidente acaba confinado em uma cadeira de rodas. Com um relacionamento distanciado, juntamente com um término com sua namorada Vane (Déborah François), Ángel, desenvolve uma obsessão perigosa pela sua ex e trama um plano de vingança.
Durante o filme, na hora em que o casal está almoçando, a menina coloca um disco antigo com sua música favorita, L’Hymne A L’Amour (sim, ela é francesa). No mesmo instante chamou a minha atenção, eu conheço essa música! Era a música que meu pai ouvia, só que agora estava em sua versão romântica (na verdade a versão original).
Que coincidência e que sorte.
Mais uma vez: I love you Netflix!
Para quem ficou curioso, ouçam as duas versões aqui.
Versão original da música:
Versão que eu encontrei: