É, o Rio de Janeiro não é para amadores senhores… Se você já gastou uma pequena fortuna tentando ganhar um bichinho de pelúcia naquelas máquinas de garra nos shoppings e saiu de mãos vazias, saiba que o problema não estava na sua sorte. Segundo a rede Globo, no Rio de Janeiro, uma quadrilha foi flagrada pela polícia adulterando essas máquinas para garantir que, na maioria das vezes, ninguém saísse com o prêmio. Parece cena de filme, mas é real.
Por mais que seja uma malandragem, eu presumo que a televisão ou exagerou na definição do crime ou eles são totalmente idiotas, pois a polícia só pode enquadrar a quadrilha no crime de falsificação de bichinhos (na reportagem tinham bichinhos do Capitão América, Bob Esponja, Pikachu e outros, todos de fabricação própria da empresa dona das máquinas). Esse denominado “golpe” na verdade é uma feature das máquinas de bichinhos, inclusive essa configuração está no manual do equipamento, isso nem é um “segredo”. Os manuais dessas máquinas descrevem claramente esse mecanismo.
Na prática, a força da garra da máquina é ajustada conforme o número de moedas inseridas. No primeiro crédito, a garra opera com força mínima, incapaz de agarrar qualquer coisa. À medida que o jogador persistente continua a inserir moedas, a força da garra aumenta gradualmente. Porém, quantas fichas são necessárias para que a garra consiga realmente capturar um brinquedo varia, podendo ser aleatório ou programado pelo proprietário da máquina.
Ou seja, suas chances de ganhar um bichinho não dependem de sorte ou habilidade, mas sim da configuração da máquina e de quanto o dono do estabelecimento deseja lucrar com nossa ingenuidade ao gastarmos dinheiro nessas máquinas.
Embora pareça malandragem, há uma lógica por trás disso: essa configuração ajuda a garantir o lucro do comerciante que alugou a máquina e, ao mesmo tempo, impede que espertinhos profissionais, que dominam as técnicas para vencer a máquina, façam dinheiro revendendo os brinquedos que conseguem pescar.
Vejam neste vídeo:
Veja o resumo da reportagem:
Conclusão
Se você se perguntou por que nunca conseguiu pegar aquele bichinho de pelúcia, agora sabe a resposta. Fique atento e, da próxima vez que for tentar a sorte em uma dessas máquinas, lembre-se que o jogo pode estar, literalmente, contra você.
Se você for um(a) desocupado(a), pode até ficar por aí, observando o número de tentativas em que os clientes conseguem ganhar um brinquedo. Se perceber um padrão, talvez valha a pena tentar a sorte apenas quando as chances lhe parecerem mais favoráveis.
Agora, um parêntese necessário:
“Operação Mãos Leves“
Quem, afinal, batiza essas operações? Fico curioso para conhecer o departamento que inventa essas pérolas na Polícia Civil.
Referências: